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terça-feira, 21 de junho de 2011

A grande volta de: “O Astro

Rodrigo Lombardi e Francisco Cuoco em 'O Astro' (620)

O retorno da novela O Astro à tela da Globo, como minissérie em 60 capítulos a partir de 12 de julho, não é, como se diz nos créditos finais de um folhetim, mera coincidência. A trama foi a aposta da emissora, que a exibiu no fim dos anos 1970, para marcar os 60 anos da teledramaturgia brasileira e abrir uma possível faixa de remakes às 23h. Uma aposta de peso. Clássico de uma grife da dramaturgia nacional, a autora Janete Clair, e responsável por criar padrões que ainda são seguidos pelos autores de hoje, O Astro é considerada uma das melhores novelas já produzidas.
Foram várias as inovações de O Astro. Ela usou o suspense de maneira inédita, e fez com que os brasileiros se perguntassem por meses “quem matou Salomão Hayala”. O bordão seria retomado anos depois em Vale Tudo, com a morte de Odete Roitman. E ainda hoje, quando é preciso vitaminar o ibope de uma trama das 21 horas, o truque do assassinato com vários suspeitos é usado: Passione, que esteve no ar até janeiro deste ano, certamente não foi a última a lançar mão dele.
O personagem principal de O Astro também causou estranheza em 1977. Nunca houvera no horário nobre um anti-herói tão sedutor quanto Herculano Quintanilha (papel que foi do ator Francisco Cuoco e agora é de Rodrigo Lombardi), astrólogo charlatão e desonesto. Dali em diante, o estudo da ambiguidade moral foi um dos temas principais das novelas.
Há muito mais para lembrar: Tony Ramos, por exemplo, protagonizou o primeiro nu masculino, enquanto Elizabeth Savalla tinha um trabalho inesperado – era uma mulher batalhadora, que ganhava a vida dirigindo um taxi. A menopausa foi um tema delicado que Janete Clair se atreveu a abordar.

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